Especialistas em bananas se servem, em geral, de um dos seguintes métodos para suas pesquisas: alguns preferem estudá-las lançando um olhar amplo e abrangente sobre a bananeira como um todo. Deduzem, através de cálculos e conceitos pré-estabelecidos, o cheiro e o sabor a partir da forma dos cachos, das folhas e da composição do solo; outros colhem uma banana e a experimentam, farejando e comendo, deduzindo a partir desta o sabor de todas as demais bananas da bananeira em questão. Os primeiros discursarão sobre uma banana essencial ou hipotética. Os segundos, de uma banana empírica, a única sobre a qual podem digressar, entre as demais variedades cujo gosto e sabor não serão conhecidos. Haveria como gerar um conceito de banana ao provar o gosto de apenas uma? É possível descrever suas qualidades sem degustá-la? Por conta dessa querela já arrastada em anos, muitos macacos esqueceram qual a finalidade de suas pesquisas: estão por demais envolvidos numa discussão que não se decide entre aceitar um resultado ora inalcançável, ora de antemão extinto.
Moral: Apesar de todo o pensamento, a banana existe.
Colaboração: Paula Mastroberti
Nota da blogueira: Vale dar uma passada no mundo das macacadas onde vive a Paula, um blog bastante interessante.
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