O mundo é colorido, e isso não se discute. E que bom que vivemos num grande arco-íris onde cada um pode fazer uso daquela cor que mais gosta. Tem gente com gosto duvidoso, mas afinal como o próprio ditado já diz: O que seria da banana se todos gostassem de maça. O estudo das cores tem uma definição para cada uma delas – e eu também.
O vermelho é a tal cor da paixão, assim como é a cor da irritação. Experimente entrar em uma sala onde as paredes estão pintadas de vermelho e veja quanto tempo você agüenta ali. O amarelo também tem lá sua vaidade, pois segundo a cromoterapia é capaz de atrair bons fluidos e muita energia, assim como o laranja. Mas quando vejo alguém vestido com essa cor, parece que estou olhando para uma gemada ambulante. O rosa é a cor do preconceito, pois desde pequeno se ouve dizer que é a cor das meninas e menino que usa é florzinha. Acho uma grande maldade e preconceito com a cor, afinal, como pode ter sido definido sexo para ela? Um exemplo ridículo do uso desta cor nós conhecemos bem e chama-se “Margarida” – é esse mesmo aquele árbitro que gosta de fazer gracinhas. O verde me lembra a ditadura, exército e é pura autoridade. Para mim verde nem no pijama, pois fico parecendo uma azeitona. Já azeitona eu gosto, mas tenho alguns amigos – né Douglas – que reclamam se colocarem na comida. O marrom, não tem muito que falar, pois conheço poucas pessoas que se agradam dela. É uma cor fechadinha, cor de inverno, sóbria e em minha opinião: sem graça. E o preto? É a ausência de cor. Representa a ausência ou rejeição a algo. É a cor dos que não tem autoridade mas querem se impor – mas nunca dá certo.
O azul, garante o respeito quase instantâneo, tem o poder metafísico de fazer amigos e influenciar pessoas, sem nem carecer palavra. Um efeito automático. Os que o olham já o diferenciam, perscruta o íntimo do vestinte, certo de encontrar ali só nobres sentimentos, galhardia, fidúcia, um espírito assim até um tanto alfazêmico, eu arriscaria dizer. Eu era ainda muito pequena quando fui presenteada com uma camisa azul e depois disso a minha vida mudou. Ah, o azul! O mundo inteiro se vestiu de blue-jeans e atrás dele veio uma só mensagem prazerosa e deliciosamente aliciante: faça amor, não faça guerra. Nunca se soube de uma criatura no planeta que fosse contra o azul. E sem querer puxar a brasa para a minha – nossa – sardinha – o sujeito que aderiu a cor azul e faz uso dela é muito mais feliz e tudo a sua volta é muito mais colorido, não havendo tempo ruim e mal olhado. É só alegria. A vida lhe sorri e as coisas mudam de astral. Por essas e por outras é que eu não vacilo, não mudo de opinião, nem penso duas vezes. Na hora de escolher uma meia, uma camisa, uma calça, um sapato, uma saia, um blazer, uma calcinha, um isqueiro, uma barra de giz que seja, os amantes de outras cores que me perdoem, mas eu fecho com o Simonal: “Vesti azul, minha sorte então mudou.”
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