15 de janeiro de 2012

As crianças e o UFC

Devo confessar que me rendi ao UFC graças ao Thiago Tavares, pois nunca gostei de assistir este esporte (?) pois sempre entendi como muito violento e sem propósito, ou seja, dois homens se baterem sem nenhum motivo aparente. Uma briga, sempre que se imagina é gerado por alguma desavença e não é o que acontece no UFC, me corrijam se eu estiver equivocada. 

No sábado fiquei duplamente preocupada também. Uma por ver a entrevista do Thiago Tavares e do Victor Belford após a luta com os rostos machucados. Outra quando vi ali um menino que estava de punhos cerrados fazendo pose de mal. Aquilo me remeteu as minhas filhas e minha preocupação de dar a elas sempre uma educação adequada, sem violência e principalmente tudo dentro dos limites permitidos para a sua idade.

Ao ler o post de Juca Kfouri "UFC e as crianças" percebi que não apenas eu me preocupo com o esporte e como isto pode afetar as crianças. Vale a pena ler.

3 comentários:

Carmen por esse motivo que eu não dei uma notinha sequer, mesmo Thiago sendo patrocinado pelo Avaí.
Mas tudo é questão de ideologia, no meu caso, não gosto e então nem divulgo.

O esporte, como o conhecemos, deriva das brincadeiras de criança desde tempos imemoriais, quando nossos antepassados rolavam e brincavam na relva e nos barrancos, exalando suores e destilando energia, com socos e pontapés. Comos os leõezinhos, como os filhotes de cães, como os gatinhos, até mesmo como filhotes de passarinho. Tudo tem a sua intenção, que é descarregar uma agressividade pueril armazenada.
Claro que ainda hoje as crianças fazem isso, mas de forma controlada e sofrendo os ralhos das mães zelosas. É um processo natural e valeu como estratégia evolutiva da espécie, a simulação da agressividade.
Até bem pouco tempo os gregos simulavam batalhas em suas olimpíadas, quando reuniam guerreiros e atletas para defender virtudes e honras, ou mesmo para apurar a pontaria ou fortalecer os músculos. O pancracio lutado pelos espartanos e pelos atenienses, ramo de luta que derivou para a greco-romana e depois para o boxe, as artes marciais e agora para o MMA, não passa de uma continuação disso tudo, de extravasamento da brutalidade, da agressividade, algo tão comum na espécie humana como o ato de falar, alimentar-se ou pensar. Aliás, o raciocínio proporcionou a este animal bípede a construção de civilizações através da agressividade, da luta de classes e do embate.
Nunca, em tempo algum, se defendeu territórios e posturas com rosas e delicadezas.
Contudo, os humanos diziam na cara e no muque o que queriam, o que pensavam e o que pretendiam. Nunca se escondiam nas trevas para defender o seu ponto de vista, tampouco com hipocrisias e com condutas rasteiras. Os covardes sempre foram tratados com a obscuridade da História.

O único problema é a forma que estão botando os times de futebol e fazendo associação com os lutadores do UFC,algo que pode descambar pra violência ao invés de divulgação ao próprio esporte!
abraço
Igor