26 de maio de 2012

Por que não me calo, por Felipe Matos

"(...) O texto fica amargo, negativo. Para alguns, a acidez das críticas demonstra uma postura de muita cobrança e pouca torcida, muito patrulhamento e poucos cantos novos de incentivo. Há quem acredite que tem coisas no futebol que não diz respeito aos torcedores. Que os críticos se julgam mais do que torcedores, que se dão importância demais, que extrapolam o seu papel. É um ponto de vista e merece respeito. Mas, não é o meu. Quando publico uma postagem de opinião e imediatamente me pergunto por que diabos eu ainda me estresso com isso, acredito que estou exercendo todos os meus direitos de torcedor. Acredito que eu, torcedor, não devo me limitar a comparecer aos jogos, pagar minha mensalidade, incentivar e cornetar moderadamente. Pode parecer antipático, mas acredito que eu, torcedor, sou o topo da hierarquia do futebol, embora  imprensa, cartolas, jogadores e até mesmo alguns torcedores não compartilhem da mesma crença. Não importa, eu acredito e isto, no momento, me basta. Títulos não são mais importantes que a condução do clube. Acredito que “a ordem é vitória, vencer, vencer” é um pedido de luta em meio ao bom combate, não um imperativo de vitória à qualquer custo. Não acredito que o papel fiscalizador caiba exclusivamente aos Conselheiros. Acredito que meu time só se manteve vivo por quase um século porque eu, torcedor, existo. Eu quero saber o que fazem em meu nome, porque eu visto a camisa nas ruas, porque eu entôo o teu nome nas arquibancadas, eu estampo teu distintivo em minha pele, eu financio a sua existência, porque quem me olha na rua e me vê vestindo o teu manto, não enxerga meu nome ou meu CPF, eles enxergam um avaiano, porque eu sou o Avaí e o Avaí somos nós, torcedores. Parte do texto de Felipe Matos sempre muito consciente e expressivo." Para ler todo o texto clique aqui.

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