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Primeiro Tempo
Em função de um compromisso particular, comecei a assistir o jogo a partir dos 19 minutos da etapa inicial. Sendo assim, não vi a “imensa quantidade de chances perdidas pelo Ipatinga” (nas palavras do narrador do PFC). Vi um jogo lento e arrastado, até que o time mineiro encaixou um contra-ataque, o conhecido Leandro Brasília deu uma meia-lua (Jesus, ainda tem jogador profissional que recebe esse drible de pelada) no Cássio e tocou para o belo gol de Wellington Bruno.
A partir do gol, me pareceu que o Avaí quis sair um pouco mais e começou a criar algumas chances, embora não tão claras. E o empate saiu em uma falha do goleiro Gilvan, num chute do Mika de fora da área.
Duas considerações sobre o pedaço de primeiro tempo que assisti:
a) desde os 19 minutos fiquei tentando confirmar a escalação do Avaí. Olhei jogador por jogador, mas a conta não fechava, dava sempre dez em campo. Cheguei a pensar que algum jogador tinha sido expulso. Somente aos 37 minutos vi um gordo e lerdo Julinho sendo mencionado na transmissão. Jaílton foi outro que pouco apareceu, embora um pouquinho mais efetivo que o ex-traíra (existe isso?), já que deu o passe pro gol;
b) chega de Nunes, vamos combinar. O jogador não consegue matar uma bola, não consegue passar, não consegue correr nem tampouco usar o corpanzil para proteger a pelota. E, quando tem uma rara chance, perde gols ridículos. Desculpem a heresia, mas chegou a dar saudades do Capixaba. Pelo menos é mais esforçado e não tão preguiçoso quanto o atual titular.
Segundo Tempo
Hemerson Maria voltou com Diogo Orlando no lugar de Jaílton, fazendo o que meu amigo Felipe Borges já vem pedindo há muito tempo: Patric jogando mais avançado e com liberdade para ajudar o setor de criação.
E o Avaí melhorou e dominava o jogo, não sei se mais por mérito próprio ou porque o Ipatinga caiu de produção. E, numa dessas ironias do futebol, sobrou para o apagado Julinho marcar o gol da virada. A bola caiu no pé esquerdo e, sejamos justos, categoria para dominar e bater a gol ele tem.
Depois do segundo gol, o Avaí continuou dominando até a entrada de Felipe Alves no lugar de Julinho. Curiosamente, ao invés de continuar em busca do ataque o time recuou e deu espaço para o adversário pressionar. E eles vieram, atabalhoados e sem muita categoria, mas conseguiram nos assustar algumas vezes.
Nem com a entrada de Aelson no lugar do inútil Nunes o Avaí conseguiu mudar esse panorama. Apesar de alguns instantes de sossego, o jogo foi nervoso até o fim, com direito a milagre de Diego no finalzinho e tudo.
Em resumo
Três pontos de extrema importância, para dar confiança ao time e matar na raiz as insinuações de jornalistas sobre a condição de Hemerson Maria. Não dá pra dizer ainda que o novo esquema tenha dado certo, apesar da vitória. É necessário avaliá-lo um pouco mais para tirarmos as conclusões. De toda sorte, uma vitória quando a água já estava chegando no pescoço é tudo que precisávamos nesse momento. De virada então, melhor ainda.
Um problema a ser corrigido: muitas vezes vi jogadores do Avaí com a bola (especialmente Cléber Santana) e ninguém aparecendo ou se deslocando para receber a redonda. Isso é básico e tem que ser arrumado, já.
Falando no Cléber, deixo o último parágrafo desse pós-jogo para escrever sobre o craque: o que joga esse rapaz é uma grandeza. Inteligente, participativo, a fim de jogo, está anos-luz à frente dos demais. Junto com Leandro Silva, vem fazendo a diferença. Que continue assim e nos leve à elite, como prometeu.
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