2 de dezembro de 2012

Fome Zero no futebol de base


O Clube investe nessa categoria, mas quem colhe seus frutos?
Os técnicos que garimpam, formam e ensinam simplesmente não são ouvidos e toda a sua sabedoria que transforma um atleta das bases num jogador profissional, serve tão somente para os que vão lucrar com a venda e muitos que poderiam ser indicados por esses profissionais  se perdem dentro do próprio Clube por falta de chance. Gerentes e técnicos em sua 'dança das cadeiras' viciante no futebol brasileiro trazem jogadores carimbados e lotam os Clubes com seus “preferidos”. [...] Clubes como o nosso Avaí precisam se estruturar fortemente a partir das categorias de bases. Enquanto apostarmos na escolha e na decisão dos que chegam como gerentes e técnicos que vem para o Clube cumprir seus contratos e colocar na vitrine mais do mesmo no elenco profissional, jamais teremos um futuro diferente desse que se vê no presente. Kátia de Paula - Blog DNAzul

Foto: Alceu Atherino
Ao ler o texto da Kátia lembrei do programa do Lula: FOME ZERO lembram? Que tinha por objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada as pessoas com dificuldades de acesso a alimentação. Basicamente era isto. E na época da implantação muitas ajudas foram recebidas e os celeiros ficaram cheios porém faltou planejamento de como utilizar estes grãos.

No futebol, especificamente no Avaí o que se vê é sim um celeiro cheio de jogadores promissores porém que estão sendo mal aproveitados, ou quando utilizados é sempre em prol de alguém que vai tirar vantagens disso. O futebol precisa ser planejado de maneira diferente e principalmente em relação a ética. Não é ilegal que o filho do presidente se benificie de uma categoria de base, passe a ser seu empresário e com isso passe a ganhar dinheiro, afinal isso é um trabalho. Porém é imoral. 

Não há como pensar em um filho sentado a mesa de reunião discutindo valores com o presidente deste clube. E o pior é que sempre os "preferidos" serão sempre os lembrados e aproveitados. Enquanto isso a instituição vai dando aos mais de 120 atletas da base: casa, comida e bebida, inchando a sua folha de despesas. É bom que se repense nisso para 2013 para que as coisas mudem realmente e que o Avaí possa a voltar a ser grande se não agremiação, mas no coração de cada torcedor que sinta orgulho de falar das coisas do Leão ao invés de ficar triste ao falar das vergonhas que vem acontecendo no dia a dia, ano após anos, desde 2010.

Não questiono em momento algum a pessoa do presidente, nem sua etica e moralidade. O que questiono e como torcedora e associada é a maneira com que ele conduz a situação atual e como continua beneficiando "alguns", já que até hoje se negou a responder o requerimento e trata tudo com muita "confidencialidade". Cobrar do Conselho Deliberativo é apenas uma maneira de colocar o dedo na ferida. 

O Conselho Fiscal é quem é o maior culpado por tudo que vem acontecendo, pois não há se quer um destes que faça questionamento em relação a estes assuntos? Em relação ao Conselho Deliberativo cobro apenas o fato de aprovarem o balanço sem nenhum questionamento ou pedido de que os valores apresentados fossem questionados, afinal como alguém pode aprovar algo que lhe é mostrado UM DIA antes de uma reunião e dizer que está de acordo? Como podem ter certeza do que foi ali lançado? Talvez alguns respondam: Isto é de responsabilidade do Conselho Fiscal. Concordo. Mas diante de tantas irregularidades e de tantas "vaquinhas de presépio" não há como não questionar. Enquanto isso a vida segue com fome zero no futebol de base.

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