Quando éramos criança e adorávamos jogar futebol em campos de areia improvisados, geralmente um colega mais abastado era o dono da bola oficial utilizada na brincadeira. Em alguns casos, “o dono da bola” era legal, dedicado (corria como todos os outros) e democrático. Mas havia alguns donos de bolas que se valiam desta condição para exigir que todos passassem a bola para ele durante o jogo, e que não admitiam sofrer faltas. Ao menor sinal de desobediência, pegavam a bola e iam embora, acabando com a brincadeira.
Alguns destes meninos cresceram e se tornaram homens que ainda se comportam como crianças. Não admitem opiniões diferentes das suas e, para alimentar suas vaidades, continuam se valendo da condição de dono da bola para garantir um lugar de destaque no jogo. Preferem viver na ilusão de que suas ideias são aceitas, mesmo que esta aceitação esteja fundamentada no seu poder (em geral econômico) e não na sua autoridade. Tudo é vaidade (Eclesiaste 1. 2). Claudio Vicente - Facebook
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