4 de novembro de 2013

Parabéns Juliana


Fostes uma bebê muito desejada. Ainda não existias e a minha mente já imaginava o sorriso do teu rosto, o cheiro da tua pele e a intensidade do teu olhar. Mas a realidade superou, de longe, a minha imaginação. Recordo o sorriso do teu pai quando soube da gravidez.


Recordo a primeira ultrassom. Parecias um feijãozinho pequenino, quase dava para perceber um bebê, mas lembro que a Jordana conseguiu identificar pezinho, mãozinha e ainda disse: Será uma irmãzinha. Acertou, pois eu não quis saber do sexo até o final e deixei que a surpresa viesse com teu nascimento.

Recordo o primeiro pontapé, quando soluçavas no meu ventre e quando parecias fazer uma verdadeira dança. Adoravas chutar quando me deitava no final do dia para descansar e relaxar um pouco. Soube que eras uma menina ao nascer, mas antes já havíamos decidido e escolhemos dar-te o nome de Juliana, que em latim significa «brilhante», o que realmente és.

Quando nascestes simplesmente não dormi nessa noite. Fiquei todo o tempo a olhar para o ser pequenino que estava ao meu lado. Aí tive consciência do milagre que é a vida e de quão grata estava por te ter. Dessa noite recordo que não me podia levantar e tu começaste a chorar. As enfermeiras tentaram de tudo. Pedi para te colocarem junto a mim, na minha cama. De imediato o teu choro cessou, dando lugar a um sono sereno. Senti-me nas nuvens!

O teu primeiro sorriso intencional foi aos 10 dias de idade, quando fui te dar de mamar e ao te chamar para tirar do berço esboçaste um sorriso lindo que parecia não terminar. Jamais esquecerei esse momento.

Depois vieram as birras, os sorrisos, as conquistas. O primeiro som que disseste foi «titi» para pedir tua chupeta que ficou dentro do chiqueirinho onde havíamos colocado o Lucas. Demorei a entender o que querias. Deste os teus primeiros passinhos com 10 meses... e a partir daí não houve flor, nem revista da mamãe que sobrevivesse.

Depois disso vieram as traquinices como pintar as mãos e mostrar para a tua vó ou quando assaltastes o cofrinho da Jô. Muitas foram as tentativas de me ajudares em todas as tarefas domésticas (nem sempre com os melhores resultados...). Entre umas pausas nas peraltices ias brincar com os legos. 

Aos quatro anos aventurastes nas leituras e logo com cinco anos já sabias ler, o que de certa forma te causou problemas na escola, mas que para nós e principalmente para ti foi muito gratificante. Os anos se passaram e cada dia teu interesse pelo novo te fazia devorar livros e isto te deu uma bagagem gigante.

As vezes me surpreendes com tuas "culturas inúteis", pois teu interesse vai muito além do que apenas aprender. E foi com essa tua fome pelo saber que te fez buscar outras línguas e sozinha aprendestes o Inglês e hoje falas fluentemente e te tornasse uma professora por opção. Faltando pouco para te graduar.

Sinto que falta pouco para que tuas asas estejam prontas e que tu pule do ninho para o mundo. Um misto de sentimento toma conta de mim, pois, ainda que isso me cause tristeza e medo, me sinto-me feliz por ver o meu bebê crescido e administrando sua vida e também fazendo seus projetos para continuar a sua caminhada sozinha.

Todas as noites agradeço a Deus pela filha maravilhosa que tenho, és meu orgulho e me sinto gratificada pois tenho certeza que minha tarefa foi cumprida e que mesmo diante de muitos erros, acertei.


Melhor que recordar estes momentos, é viver este amor inexplicável que só uma mãe sente. Amo-te muito! E sei, sem sombra de dúvida que és o maior motivo da minha felicidade!

FELIZ ANIVERSÁRIO filha. Te amo!!

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