19 de março de 2014

Nem anjo nem demônio

Andei afastada das redes e me dedicando um pouco mais de atenção, afinal como já afirmei certa vez, existe vida além do Avaí. Porém quando retomo a vida “azul” percebo que nada mudou, o papo continua o mesmo quando o assunto é o M10. Há os que o defendem com unhas e dentes, afinal o consideram um ídolo, assim como há os que acreditam que hoje o “Galego” não faz tanta diferença dentro do grupo.
Verdade seja dita, M10 pode sim ter muita lenha para queimar, mas está deixando a desejar, até porque uma andorinha sozinha não faz verão. Por isso mesmo, acho que esse papo já está chato e tenho visto no twitter uma melação de cuecas desnecessária. Que o M10 é um craque ninguém discute, mas o momento é outro, a preocupação deveria ser em discutir como e por onde começar para tornar o Avaí novamente um time que nos traga alegrias.
Os torcedores estão cobrando o que é de direito: desempenho e vergonha na cara. E isso não se limita apenas ao M10, mas a todo o grupo. Porém quando se fala de qualquer outro jogador parece que a cobrança é válida, já quando se trata do Marquinhos o assunto fica proibido, como se o atleta se sobreponha a instituição Avaí Futebol Clube.
Hoje, se eu tivesse que aplaudir alguém, seriam os corajosos torcedores que foram a Brusque assistir mais uma partida que só nos envergonha e entristece. Torcedores que, independente de qualquer dificuldade dentro ou fora das quatro linhas, precisam ser respeitados, pois somos nós torcedores que fazemos com que a paixão não seja interrompida, independente de onde estejamos classificados.
Hoje, mais uma vez, quantos de nós estarão presentes na Ressacada para assistir o jogo contra o Atlético Ibirama, onde não nos serve outro resultado que não a vitória? Que entrem em campo com sangue nos olhos e força nos pés, afinal, já dizia meu avô, futebol é para homens, os que preferem fazer corpo mole devem ficar no bar praticando outro esporte: levantamento de copos.
Montou-se um octógono, onde de um lado temos Avaí e do outro lado M10, tendo para cada lado uma torcida. Uma discussão ridícula, já que o Avaí será sempre maior e superior a qualquer atleta, craque ou ídolo e é ele que devemos defender sempre independente da situação em que esteja. O Avaí tem muito sim que agradecer ao atleta, mas gostaria de ver qual jogador que se diz também torcedor abriria mão do seu salário para ajudar a instituição, e jogaria por amor a camisa.
Ficar batendo na mesma tecla é tapar o sol com a peneira, apontando números que não vão nos tirar do buraco em que nos enfiamos. E antes que digam que sou radical e que não gosto do M10, vou deixar claro que o que me incomoda é ficar longe das redes por quase uma semana e voltar a elas e perceber que o discurso continua o mesmo. Tá chato pra caracas!

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