1 de outubro de 2015

No meu tempo de criança


Todos os dias quando estou melhor quero voltar a escrever sobre o Avaí. Lembro de quando fui apresentada a ele, quando fui pela primeira vez ao estádio, mas principalmente pelas inúmeras partidas de futebol no campinho da rua. Sim. A gente se divertia horrores naquele pátio de chão batido onde meu avô colocou duas traves improvisadas, nos tirando assim do perigo de jogar no meio das ruas. 


Éramos quinze crianças cheias de energias, doze meninos e três meninas, que quando não estavam na escola, estavam na rua brincando. Um tempo que certamente as crianças de hoje não entenderiam. Apenas duas meninas gostavam de jogar futebol e os meninos sempre abriam espaço quando faltava alguém, por isso, a gente queria ir nem que fosse para sentar no banquinho.

Meu avô, pacientemente, após o almoço me tomava pelas mãos e atravessando a rua, me levava até o campinho para ver aquela turma jogar. E foi assim, que tomei gosto pelo futebol, mesmo não entendendo quase nada, aprendi a sentir prazer toda vez que a bola rolava no meio da poeira. E este prazer cresceu comigo. Se passaram mais de cinquenta anos e até hoje me sinto aquela menininha carregada pelo avô, toda vez que me sento nas cadeiras azuis da Ressacada.

Hoje acordei com muita vontade de escrever sobre o futebol e quando abro a blogosfera percebo que quase nada mudou nesta minha ausência. Infelizmente os birutas continuam soltos, onde o mais importante é ser o mais bem informado, ser o primeiro a trazer a notícia e ser o pai da criança.. Eu me divirto! Quase ou igualmente ao meu tempo de criança.

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